Com essas palavras, São Paulo indicou aos filipenses e a todos nós, cristãos, qual é a nossa vocação última. E o apóstolo acrescentou: “É de lá que ansiosamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará nosso mísero corpo tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso” (Fl 3,20b-21a).
Essa é a razão da nossa esperança, aquela que São Pedro pediu que manifestássemos aos outros (cf. I Pd 3,15).
O cristão vive com os pés na terra e com o coração no céu !!!!!!!!
Toda a nossa vida aqui nesta bela terra deve ser apenas uma diligente preparação para vivermos eternamente com Deus que é amor (cf. I Jo 4,8). São Paulo nos assegurou que “temos no céu uma casa feita por Deus e não por mãos humanas” (cf. II Cor 5,1).
Para o apóstolo a vida terrena era um exílio: “Todo o tempo que passamos no corpo é um exílio longe do Senhor” (II Cor 5,6b). E ansiava pelo céu, dizendo: “Suspiramos e anelamos ser sobrevestidos da nossa habitação celeste (…). Pois, enquanto permanecemos nesta tenda, gememos oprimidos (…). Estamos, repito, cheios de confiança, preferindo ausentar-nos deste corpo, para ir habitar junto do Senhor” (II Cor 5,2.4a.8) e “para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fl 1,21).
Todo cristão tem de ansiar pelo céu, pois ali é o seu destino. Pelos merecimentos de Jesus Cristo, somos filhos de Deus e participantes da natureza divina (cf. II Pd. 1,4); logo, somos herdeiros do céu: “Se somos filhos, também somos herdeiros”, disse São Paulo (Rm 8,17).
Desejar o paraíso, disse Santo Afonso de Ligório, é o mesmo quer desejar a Deus, nosso último, pois lá O amaremos perfeitamente. Ali cumpriremos perfeitamente o mandamento do Senhor: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu pensamento” (Lc 10,27). Disse Santo Afonso que a nossa meta, aspirações e desejos devem ser isto: “Ir gozar de Deus no paraíso, para amá-lO com todas as nossas forças e gozar do gozo de Deus!” E afirmou que a maior felicidade da alma no céu é conhecer a felicidade infinita de Deus. “Entra no gozo do teu Senhor” (citação livre de Mt 25,21). A alma entra na felicidade de Deus; a felicidade de Deus é a sua felicidade.
Afirmou o santo que “no céu a alma fica toda presa e consumida pelo amor de Deus. Ela fica perdida e mergulhada no mar infinito da bondade divina. Esquece-se de si mesma e só deseja amar ao seu Deus. Possui a Deus plenamente sem o medo de poder perdê-lO. A todo o momento se entrega, sem reservas, a Deus. Deus a abraça com amor, e, assim abraçada, a tem e terá por toda a eternidade. Ela nada mais deseja. Deus está unido a ela com a Sua própria essência, saciando-se na medida da capacidade dela e dos seus méritos”.
Alegremo-nos, irmãos, somos cidadãos do céu! =)
Alegremo-nos, irmãos, somos cidadãos do céu! =)
Felipe Aquino
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